Exposição de Pintura: "O DOM DA ALMA"

Cirilo Reis: de 7/Julho a 24/Agosto 

“Imperioso, petulante, irritante, extremo em tudo.

Com a dissoluta imaginação de gostar do imperceptível.

Descrente ao ponto do fanatismo, aí me tem na palma da mão.

E mata-me agora ou aceita-me como sou, porque não mudo.”

O conjunto de obras apresentadas com o nome “O dom da Alma”, é uma simulação e uma imagem dos dissemelhantes estados da alma que transitam dentro da nossa alma ao longo dos dias, anos e vidas. Representa o produto de múltiplas ideias e influencias, que nos assaltam no dia-a-dia, e se muitas vezes não passam de ideias porque não são escritas ou pintadas, outras vezes essas ideias por serem gravadas fazem nascer a obra de arte. Mas se por cada ideia existir uma obra, a meu ver o resultado só poderá ser sempre uma mescla de obras com diferentes estilos, técnicas e temas. Ou então sofro de um síndrome de constate mutabilidade, de estar bem onde não estou, incapaz de uma rotina, que não me permite ficar muito tempo num determinado estilo ou género de pintura e que me leva a querer experimentar algo diferente, algo novo, desejoso de sentir e compreender algo que não tenha vivido antes.
Este conjunto reúne obras com diferentes estilos: desde abstractos, figurativos, cubistas e paisagísticos. Com varias técnicas: a óleo, acrílico, aguarela, empastes, douramento, finger-painting, colagens, etc.

Cirilo Reis nasceu em Stª M. da Feira em 1981. Pertence em simultâneo ao universo da arte e da história. Formado em Conservação e Restauro de Património Artístico, compreende de uma forma científica a obra plástica, entendendo o posicionamento histórico do seu trabalho à luz do pensamento actual.
Manifestando uma inclinação artística com um gosto particular pelo desenho desde muito cedo, esta veia artística só se consuma anos mais tarde, com uma carreira repleta de paixão, criatividade, energia e entusiasmo. Utilizando variadas técnicas e materiais, desde os clássicos aos mais inovadores [e ainda inexplorados], para criar composições abstractas, retratos ou paisagens, oferecendo sempre às suas obras um estado de alma traduzido por traços e cores. Ao longo do tempo, vem desenvolvendo uma atitude estética que não se reduz ao objecto em si, mas aos sentimentos que estes suscitam e que se prolongam em diálogos travados entre criador e o universo infinito da arte.
Toda a sua obra representa, sem dúvida, o experimentalismo e todas as influências que o marcam como artista e criador.